O arco nas laterais do snowboard é chamado de sidecut. Imagine traçar uma linha contínua a partir do arco da prancha completando um círculo. Então é possível medir o raio do círculo, que é a distância do centro até a borda. Nos snowboards atuais existem dois principais tipos de sidecut.

A parte de baixo da prancha de snowboard é chamada de base, e ela pode ser produzida de 3 formas.

Extruded
Esse é o material mais barato, lento e mole. Uma base extruded absorve bem a cera, mas não tanto quanto as outras bases. Embora fácil de consertar, é a base mais frágil.
Para fazer esse tipo de base, esferas de poliotileno são inseridas numa prensa aquecida. Conforme a poliotileno é aquecido vai se formando a base.

Sintered
É a base mais leve. Uma boa base do tipo sintered será rápida e dura. Esse tipo de base é menos frágil que a extruded. Por outro lado, o fato de ser dura dificulta os consertos.

A base sintered é capaz de absorver até 5 vezes mais cera do que a base extruded pois ela é formada através do aquecimento de partículas de poliotileno em pó, que enrijessem e unem-se deixando espaços microscópicos entre si.

Electra
É a base mais cara e rápida de todas. A aceleração da prancha é facilitada pois o grafite, que é um material condutor, dissipa as cargas de estática entre a base da prancha e a neve. É produzida através do aquecimento do poliotileno com o grafite. Embora não seja necessário, uma cera com grafite funciona bem para manter a base electra.

As pranchas de snowboard costumam apresentar 2 tipos de flexibilidade:

Longitudinal Flex
É a flexibilidade existente entre o nose e o tail. Para testá-la, segure o nose da prancha com uma mão e aplique força no centro do snowboard com a outra. Uma prancha com pouca flexibilidade será melhor para freeride por fornecer mais estabilidade em altas velocidades. Para freestyle, o ideal é uma prancha com boa flexibilidade, pois facilita a execução de manobras.

Torsional Flex
Refere-se a flexibilidade de edge a edge. Embora difícil de ser medida, pode-se colocar a prancha entre os joelhos e tentar torcê-la com as mãos sobre os edges da prancha. Quanto mais dura, melhor será para prender o edge à neve nas curvas, mas as vibrações são maiores sobre bumps. Já a prancha com mais flexibilidade, fornece amortecimento, mas será menos estável sobre gelo e nas curvas.

Existem 3 materiais que são mais usados no interior das pranchas de snowboard.

Foam (espuma)

O uso de espuma no interior da prancha faz com que ela fique mais leve. Alguns especialistas dizem que a espuma é boa pois ela é injetada coma ajuda de computadores, que controlam para que todas as pranchas tenham o mesmo padrão de flexibilidade. Já outras pessoas são da opinião que as pranchas com interior de espuma tendem a perder sua flexibilidade. Claro que isso vai depender do fabricante da prancha.

Wood
A madeira é o material mais usados pelos fabricantes de qualidade. A madeira tende a dissipar a vibração e manter a flexibilidade por mais tempo. Alguns fabricantes de alta qualidade costumam usar uma combinação de madeira e espuma no interior da prancha a fim de aproveitar as vantagens de cada um dos materiais.

Aluminium Honeycomb
Esse material recebe o nome de honeycomb pois sua estutura parece uma colméia de abelhas. Ele é formado por alúminio, o que torna-o extremamente leve. As pranchas feitas com esse material costumam ser mais caras e não dissipam tanto a vibração como a madeira.

Embora difícil de distinguir, existem diferentes vantagens para cada tipo de construção da parede lateral nas pranchas. Vamos considerar os 3 tipos principais de contrução.

True Cap ou Cap
É possível identificar uma construção true cap quando a camada superior da prancha ou topsheet continua até a borda da prancha. Essa construção é boa para freestyle porque é mais leve e oferece mais resposta e impulso para ollies. A desvantagem é que não prende o edge (à neve) tão bem em curvas fechadas.

Sandwich ou Sidewall
Nesse tipo de construção, a camada superior termina na borda da prancha, deixando notar que existem outras camadas que continuam até a borda. Esse sistema funciona bem para freeride pois fornece mais pressão no edge, prendendo-a neve. Outra vantagem é que possíveis consertos tendem a ficar melhor do que na parede true cap.

Half Cap ou Híbrido
É a combinação dos outros dois tipos de coonstrução. Oferece o melhor de cada um e normalmente só é encontrado em prancha de alta qualidade

Full Wrap

Quase todos fabricantes utilizam lâminas de aço Rockwell em seus snowboards. Na contrução full wrap a lâmina de aço dá a volta completa ao redor da prancha, oferecendo a melhor proteção para a prancha. Mas pode ser mais díficil de consertar se muito danificada.

Tucked
Nesse tipo de construção a lâmina só vai até o início do bico e da rabeta da prancha. Esse conceito considera que o aço faz com que as pontas da prancha fiquem mais pesadas, dificultando as manobras de rotação. Embora muito mais frágil é mais fácil de consertar.

Colocando-se a prancha sobre o solo, nota-se a existência de uma envergadura a partir de seu centro. Essa envergadura, chamada em inglês de camber, é responsável pelo que podemos chamar de "ataque" ou "resposta" da prancha. Sua flexibilidade, dá potência aos movimento da prancha.

Quando já não existir quase envergadura, está na hora de comprar uma prancha nova. Essa envergadura costuma ser maior quanto mais comprida for a prancha. Isso se dá pelo simples fato que quanto maior o objeto, mais fácil de envergá-lo.

A durabilidade do camber vai depender da construção da prancha, o peso do atleta e o nível de agressividade com que anda de snowboard.