Ver um Único Post
  #37  
Antigo 26-04-2010, 21:13
Skyavini Skyavini está offline
Membro Junior
Gelo
 
Registrado em: May 2007
Posts: 22
Padrão

“Não deveria estar no park.” é diferente de “Não pode estar no park.”, desde que a segurança seja mantida não vejo problema, mas numa aula de Freestyle se eu achar que não é seguro não vamos ao park, seria uma aula de trabalhar habilidades para eventualmente chegar lá. Pode ate pedir pra parar a aula e ressarcir no resort que pelo menos em Park City eles fazem sem problemas.

Explico porque:

Segurança no park é um pouco diferente, já que na maioria dos casos é muito difícil saber o que aconteceu depois de um salto, ou num corrimão mais a frente, se cair ou ate mesmo perder o ritmo você vai estar parado, ou no caminho, em uma área que não vai poder ser visto ate o choque ser inevitável, o que cria ate um conflito no código de responsabilidade, já que não deve se parar em lugar que não pode ser visto e quem esta downhill tem o direito de decida, então como cair faz parte no parque, cair com os pés no chão é essencial para sair o mais rápido possível do caminho.

Eu mencionei
  1. Cair de bunda tentando saltar
  2. Cair num edge tentando saltar reto
  3. Ser mais fácil fazer um boardslide que 50-50(ir reto)

Os três sintomas são causados pelo mesmo desequilíbrio, mais comum de pender pro calcanhar e pra perna de trás devido a um reflexo humano de tentar apontar o torso para onde se esta indo, o que também cria energia potencial nos músculos do abdômen já que estão esticados em vez de relaxados, quando se passa da "decolagem" para a parte de manobra a pressão exercida da prancha na neve, que é o que segurava a energia do abdômen, some e os músculos tendem a voltar a um estado relaxado o que faz com que as pernas girem embaixo do torso, consequentemente girando a prancha e fazendo com que você pouse mais no lado do calcanhar.

-
  • o caso 1 seria o extremo onde não só a prancha gira, mas você esta com tanto peso na perna de trás que você já sai da rampa com as penas no ar.
  • o caso 2 é o mesmo do 1o com menos movimento do centro de massa, mas ainda com rotação.
  • o caso 3 é o mesmo do 2o só que em vez de salto é no corrimão e se mover o centro de massa como o 1o, bunda no ferro dói mais que na neve.

Fácil de concordar que o 1o que eu mencionei não envolve cair com o pé no chão, o que me faz pensar que o 1o pode acontecer com quem ta fazendo o 2o ou o 3o, o que não me deixa confortável o suficiente para levar a pessoa para o park.

Acredito não ter dito nenhuma vez a palavra errado, ou certo, mas uma coisa que eu garanto que é errado é se machucar e machucar aos outros, e eu tentei explicar da forma que tenho na minha cabeça os motivos de eu achar que algumas pessoas não deveriam estar no parque. Desculpa o testamento e se errei algo de física ou anatomia ai.

Essa mesma explicação fica muito mais fácil tirando a câmera do bolso, pedindo pro cliente dar um salto reto na pista verde, mostrar pra ele e perguntar o que aconteceu. Só de perguntar em que perna ele tem mais peso e desenrolar dai já faz milagres.

@GPA Unica clinica que eu ia dar era de halfpipe, mas foi cancelada por volume de aulas acima do normal para época, mas sempre que posso estou la e se algum instrutor ta andando comigo, porque não dar feedback pra ele? Se um dos treinadores que eu conheço ta de bobeira esperando o atleta dele fazer a próxima volta, porque não pedir feedback? Se eu sei que o cara anda muito e sabe muito de andar em arvores e eu não sou tão bom porque não chamar ele pra andar em arvore e pedir uns toques? Não seria isso uma miniaula sempre que quiser?
Responder com Citação